terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

NOVO CAPÍTULO NA MINHA VIDA

Aiai... Se prepara que lá vem bomba!
Tá feio mas dá pra entender o texto que vou colocar entre as imagens, tá bom?!


Como eu posso dizer algo aqui?
Há tanto ainda pra aprender e eu estou apenas no começo!
Eu ainda nem sei como funciona!


Agora eu tenho uma mesa digitalizadora,
\o/ hurray! \o/
*pense no pica-pau descendo as cataratas do Niágara num barril*
E esta é a minha letra escrita com ela
(tá feio que dói!)


Mas ainda estou apenas treinando,
me acostumando
e estou usando o paint da microsoft,
pois o paint tool sai ficou no outro notebook.
OTL...


A partir de hoje começo algo novo
que espero um dia ser algo tão comum quanto a escrita...
usar o ctrl+Z
mesmo quando eu estiver longe do computador! :oD


Posso ser ambicioso por querer algo pra mim
quando deveria estar pensando em usar
o dinheiro em coisas mais urgentes...
Mas às vezes tudo o que eu queria
era realizar meus sonhos... :o[


Muitos sonhos infelizmente são difíceis demais de serem realizador,
demandam muito tempo, dinheiro
e qualidades que muitas vezes não temos.
Esta mesa digitalizadora custou R$300,00.
$_$


Eu não tinha R$300,00 e não tenho trabalho.
Tiver que juntar usando dinheiro que não era meu,
sem pedir emprestado,
nem dizer exatamente para o que era... :o[


Minha família nem sabe direito o que eu quero da vida,
não dão suporte,
nem ao menos perguntam como eu me sinto...
Pelo menos eles não exigem
que eu sai trabalhando a torto e a direito. :o]
(Escrive errado ali, mas não vou concertar!) :oP


Devo tudo ao meu irmão mais novo que,
mesmo sem saber,
me ajudou a dar esse pequeno passo para um homem,
mas um grande passo para que eu continue sonhando!
:oD
Obrigado!


14/02/2017
Deveria ter sido em Janeiro,
no dia 17,
meu aniversário de 26 anos.
Meu aniversário não é lá grande coisa...


Mas eu havia prometido a mim mesmo que tentaria
ao menos dar o primeiro passo
para começar a minha futura HQ,
adaptada do livro que estou escrevendo
e que ainda não pude terminar.


Dei o primeiro passo e espero que nos próximos 7 anos
eu possa evoluir satisfatoriamente
na arte de desenhar e ilustrar
que tanto admiro! u.u
Homestuck reference here!


*dor*
Ai ai, minha mão já está doendo...
Faz tempo que eu não escrevo
e talvez o esforço repetitivo faça doer ainda mais...
:o/


Nem tenho um espaço adequado
para escrever ou desenhar...
Estou improvisando aqui
com uma mesa normal,
alta demais pro notebook,
e sentado na minha cama,
ou minhas costas vão doer.
OTL <= que dor!


Queria que as pessoas falassem mais
sobre como elas se adaptaram
às adversidades,
mas elas só conseguem dizer:
"continue sonhando,
um dia você chega lá".
Sá porra é difícil! >:o[


17/01/2014 à 14/02/2024
Vamos ver o quanto eu melhorarei até lá...
Espero que eu consiga realmente melhorar,
já que estou começando
praticamente do zero!
Xo[


Talvez fosse melhor ter um curso de desenho
ou ser um desenhista desde pequeno
como muitos fazem.
Até queria encontrar
um curso especializado
em desenho digital
pra ver se eu me desenrolo...
Mas não encontrei, :oP


Deve ter vários por aí,
mas a bem da verdade é que a profissão não é valorizada.
Eu mal consegui encontrar um lugar pra comprar essa mesa!
Tem site pra tudo que é lado,
mas em loja mesmo
só Santa Ifigênia!
Xo/


Heh, nem sei como trocar a ponta da caneta ainda.
Eu devia poder ver isso no CD que veio com a mesa,
mas o leitor do meu notebook usado
não está funcionando.
Apesar de que baixei o programa direto do site,
ainda preciso dos tutoriais pra entender melhor
isso aqui.


Então, o que mais eu posso falar?
Bem, já tenho em mente o estilo que vou seguir
e a qual quero chegar um dia:
REALISTA
O que, por si só, é surreal demais! T^T


Eventualmente,
devo também fazer desenhos menores
e aprender com eles também,
mas só de poder começar
e ter a oportunidade de chegar lá em algum momento...
Xo]
*feliz feliz*



Talvez eu nunca chegue a ter
um estilo impressionante,
mas se eu chegar a ter metade do estilo das pessoas
que admiro tanto,
já me dou por satisfeito.
Sempre com passinhos de bebê! =(^ºωº^)=


E assim deixo estes
guardanapos virtuais
como memória de que um dia eu comecei
(e nunca cheguei lá)
e experimentei o prazer
de fazer algo que antes me era impossível.
ºuº)b


A todos que lerem
um muito obrigado
de coração!
Bo]
<3 <3 <3


PRONTO! CHEGA!
DEU POR HOJE!
Meu Deus, quanta dor de cabeça!

(@@)

OTL

Ainda não sei por onde vou, se vou ter mesmo a chance de continuar até o fim ou se serei brutalmente interrompido como nas outras tantas vezes, mas é um passo na direção certa, isso é o que importa...
Se não a neura me devora e não sobra nada! @_@

Da loucura a sanidade louca! XoD
Até a próxima! o/

domingo, 17 de janeiro de 2016

25 ANOS - MINHA VIDA

Valente


Resolvi sair da rotina no dia do meu aniversário e escrever um pouco, o resultado você confere abaixo ou, se não puder visualizar, acesse a página no Wattpad pelo link: 25 Anos - Minha história



 

sábado, 31 de outubro de 2015

NaNo2015: ALÉRGICO VL 02

NaNoWriMo - National Novel Wrinting Month - Mês Nacional de Escrever Livros; atualmente pode ser chamado de mês internacional para escrever!
 
Ano passado foi difícil, tive que me segurar contra uma desviravolta na minha vida no meio do NaNoWriMo de 2014 e mesmo assim conseguir chegar a marca de 50 mil palavras!
 
Para ver o post sobre o livro de 2014, acesse: Branco - meu livro no NaNoWriMo 2014.
 
Eu morava em Pereiro, interior do Ceará e divisa com o Rio Grande do Norte, e no meio do mês meu pai decidira que não iríamos mais morar lá e voltaríamos para São Paulo. Eu fiquei arrasado, não consegui escrever por alguns dias, mas com a ajuda de outra escritora que também participa do NaNo, consegui ganhar forças novamente e consegui passar a marca de 50 mil palavras no último dia. Obrigado Lilian! :oD
 
Este ano, pelo menos, é diferente, eu não estou iniciando um novo livro, mas continuando o que eu começara no CampNaNo de Julho e que estou louco para terminar! É difícil escrever um livro, eu sei! Não tive problemas apenas no NaNo2014, mas também no CampNaNo de Abril deste ano. Ainda não terminei os dois livros e ainda deixei para terminar, ainda sem previsão, um terceiro livro que iniciei no começo de 2014. Eu tenho medo, confesso, tenho medo de que algo aconteça e eu não seja capaz de terminar de contar essa história, tanto quanto tenho medo do que as pessoas vão dizer sobre ele quando lerem... Eu estou me debulhando na história, tentando buscar inspirações, criando cenas e me esgoelando para por sentimentos na história que eu acredito serem verdadeiros. Mas eu não tenho condições de acreditar que realmente seria algo completamente bom, pelo contrário, eu escrevo imperfeições e não espero agradar. Espero apenas contar uma história, ser capaz de terminar uma história, poder me dizer que sou capaz. Só isso...
 
Muita coisa aconteceu entre o primeiro e o segundo livro (eu preciso atualizar a descrição do volume 1), mas a luta persiste, Michael continua nos contando suas memórias do último ano em sua vida e como é difícil aceitar a realidade ao nosso redor. Através de suas experiências com parasitas alienígenas que querem dominar a Terra e outros que apenas querem conviver conosco, ou mesmo sobre preconceitos arraigados na sociedade, Michael nos conta o que ele presenciou e como fez para encarar tudo e ainda ter fé no futuro, sendo humano ou hospedeiro. Tratando de temas polêmicos, Alérgico é uma obra que estou escrevendo sem pensar tanto em critérios e ainda por cima questionando vários deles. Às vezes acho que só estou escrevendo só para ser ridicularizado, muitos que lerem não vão entender, tenho certeza. Mas não é isso que conta, eu estou contando uma história, misturando várias outras, não posso me limitar porque você vai pensar diferente de mim, eu tenho que tentar!
 
No começo eu pensei que o gênero seria apenas Sci-fi, no meio eu pensei em Drama, penso agora em Young Adult e também em um outro que pretendo deixar para ser descoberto apenas por quem ler... XoB
 
A capa provisória/modelo se segue abaixo e, como da primeira vez, vem acompanhada do tabuleiro de xadrez que fiz como fundo.
 
Obrigado pela atenção!


 
 
 

sábado, 22 de agosto de 2015

QUADRINHOS: HOMESTUCK


Poucos brasileiros devem conhecer a grande obra de Andrew Hussie: HOMESTUCK - literalmente, Preso em Casa. Eu sou um dos poucos brasileiros que conhece e leu cada página desta histórica em quadrinhos num formato mais light novel. Quero dizer, não dá pra simplesmente entender como é Homestuck apenas falando com referências simples! Se um dia alguém conseguir explicar Homustuck inteiro sem dar spoilers, meus deus! O cara é um gênio! A obra, que permanece num hiato e parece estar em sua reta final atualmente, uma que vez que praticamente toda a história já foi contada, conta com mais de 9 mil páginas, caminhando para 10 mil, que variam entre imagens (estáticas e GIFs), imagens com texto e alguns possuem arquivos em flash (alguns são simples, outros jogáveis, outros verdadeiros curtas!). Eu comecei a ler por sempre esbarrar, aqui e ali, numa referência a Homestuck pela internet, principalmente pelos Trolls, personagens que aparecem na história, que são os preferidos entre muitos dos fãs e... mas isso é um baita spoiler se você quiser ler por conta própria, então, vou ficar quietinho sobre isso...
A história começa nada mais, nada menos com um garoto, que acaba de fazer o seu 13º aniversário em 13 de Abril (4/13 no formato americano) de 2009, e somente nesse dia ele ganhará um nome!


"Um jovem rapaz encontram-se em seu quarto. Acontece que hoje, dia 13 de Abril de 2009, é o aniversário deste jovem. Embora tenha sido há 13 anos que lhe foi dado à vida, só hoje ele receberá um nome.

Qual será o nome deste jovem?"

A partir daí, acontece tanta coisa que você se perde. Não há como explicar HOMESTUCK em simples palavras, eu juro! Além disso, você precisa ter uma boa dose de paciência para ler tudinho... eu lia cada página vorazmente querendo saber mais e mais, e mais! Heheh, eu comecei a ler HOMESTUCK em novembro de 2014 (ano passado) e toda vez que eu lia, eu passava horas lendo tudinho em inglês (e melhorando consideravelmente minha leitura, desde então). Para mim, que sou fã, eu quero gritar pra todo mundo LEIA HOMESTUCK PELO AMOR DE DEUS! Heh, mas sei que nem todo mundo iria entender e ter a paciência que eu tive, esperando para chegar desesperadamente ao momento em que os Trolls apareciam e... não! Eu não vou contar spoilers! Palavra de Mage of Breath! Ops... Eu fiz um teste sobre Homestuck e deu o título Mago do Ar (ou respiro ou fôlego, dependendo da tradução) para o meu god tier, nível divino. Mas você não irá conseguir mais nada de mim! Você precisa ler HOMESTUCK!

Site oficial: MS Paint Adventures

Bem, se você não é tão acostumado ao inglês tanto quanto eu acabei me tornando ao longo dos anos e nunca fez um cursinho de inglês, não tema! Alguns fãs que falam português (Brasileiros? Portugueses? Não faço ideia!), traduziram boa parte de Homestuck de forma razoável e você pode conferir pelo menos o início da obra no seguinte link:

Site de fãs, Homestuck traduzido em português: MS Paint Fan Adventures

Está esperando o quê?! Vá ler um pouco! :o]

domingo, 5 de julho de 2015

MEUS LIVROS: CAPA DE ALÉRGICO

Depois de um bom tempo trabalhando - perdi a conta de quantas horas - terminei a capa 'definitiva' de ALÉRGICO.

A história é ambientada numa escola particular que curiosamente tem como temática o Xadrez: o diretor é o Rei, o secretariado são as Rainhas, os Bispos sãos os professores, os alunos com bolsas esportiva são os Cavaleiros (Cavalos) e os alunos com bolsas científicas ou artística sãos os Torreões (Torres), os demais empregados da escola são chamados peões. Essa separação icônica teria começado por causa dos uniformes, que viriam com os símbolos das peças do Xadrez de acordo com o gosto do misterioso dono da escola, às vezes tratado pelo nome de 'O Jogador". Além disso, se separa o gênero de cada indivíduo por cor do uniforme, sendo assim os homens vestem preto e as mulheres, branco. No caso do diretor, por exemplo, se este fosse mulher, ela seria chamada pelo mesmo título do diretor, mudando apenas a cor que se segue: Diretor=Rei Preto; Diretora=Rei Branco, e assim por diante para os outros títulos.
 
Os alunos tem direito ao dormitório na escola quando necessário ao se fazer a matrícula, divididos em República Branca para as moças e República Preta para os rapazes, sendo que o uso não é totalmente obrigatório. Os personagens principais, por exemplo, não moram muito longe do campus e podem sair nos fins de semana para visitar suas famílias quando deixam previamente avisada suas saídas.
 
Os Cavaleiros, os atletas, ganharam essa designação por parte do "Jogador" por estarem sempre no nível térreo da escola, onde ficam os clubes de judô, natação, futebol, entre outros, enquanto os Torreões, nerds e artistas, ficam a maior parte do tempo nos prédios da instituição - as 'Torres'.
 
Apesar de tudo isso, os alunos recebem as aulas regulares de forma mista, moças com rapazes, torreões com cavaleiros.
 
Na capa há também uma faixa de perigo biológico, ostentando o curioso título do livro: ALÉRGICO. Somente lendo pra saber... Heheh... Xo]
 
Abaixo, a capa do livro, feita por mim, seguida pelo tabuleiro de xadrez - sem as peças - que me deram tanto trabalho pra fazer. :o]
 
Em breve tem mais! :oD
 
 
 

sábado, 4 de julho de 2015

MEU LIVRO: ALÉRGICO

Bem, eu quero escrever... apesar de todos os problemas na minha vida que me levam a crer que eu deveria fazer outra coisa, me matar ou fazer coisa nenhuma...
 
SINOPSE: ALÉRGICO conta a história de dois amigos e como a vida deles mudou drasticamente quando eles entram para o ensino médio e percebem que a nova escola não é um lugar comum. Cheio de mistérios, ALÉRGICO explora assuntos incomuns e situações improváveis através de parasitas alienígenas que começam a invadir a Terra e a tomar conta dos seres humanos.
 
Venho pensando nesse conteúdo há meses e, mesmo sem ter noção de como a história irá se desenrolar por completo, já tenho alguma ideia de como quero começar e de como quero terminar, atravessando todo um ano inteiro com história diferentes, relacionadas entre si e por aí vai.
 
Pequeno problema: Não consigo decidir o nome dos personagens! Isso é um problema comum, creio eu, mas eu já tenho dois nomes em mente: Michael e Warren, o nome dois Sims que tive no jogo The Sims - Free Play (antes de perceber que o jogo não presta por causa dos velhos motivos que te levam a não gostar de um jogo de Rede Social). Por que não usá-los então? Bem, eu posso, mas tem aquela coisa de ser uma história ambientada num cenário da sociedade humana e eu deveria usar nomes brasileiros para que fosse possível uma melhor assimilação. Michael é a forma inglesa de Miguel, mas Warren não possui equivalente... *entra em depressão profunda* Como eu resolvo isso?! Seria perfeito encontrar um nome brasileiro para Warren da mesma forma que existe o equivalente para Michael, ou mesmo ser usada a pronuncia natural do nome - "Mi-xé-u". No meu livrinho de nomes, "Que Nome Darei Ao Meu Bebê", com mais de 7 mil nomes e outras curiosidades, vejo que parte dos nomes estrangeiros que começam com 'W' acabaram com o som "u" trocado pelo "v"... Pena que isso deixaria o nome "Warren" como "Varrem"! *Meu pai do céu!* Outra coisa sobre os nomes estrangeiros como este, que tem pronuncia baseada no inglês e outras línguas anglo-saxãs, é que, apesar de parecer que é o nosso "RR", na verdade a pronuncia é separada: "War-ren". Se fosse o som do nosso "RR", haveria um 'H' ali: "Wahen", sugerindo assim um nome que começasse com "Uar" ou "Var". O mais próximo que encontrei seria "Urbano", "Uriel" ou "Vargas"... Nomes que não possuem nenhuma sonoridade comum e ordinária para caracterizar seres humanos comuns ou que eu já tenha visto alguém gritar por aí.
 
- Ei, Vargas! Venha aqui! (Getúlio, é você?)
 
- Oh, sinto muito Uriel, eu não queria ter feito isso... (Lembra alguma história com anjos.)
 
- Mas, Urbano, o que você tinha na cabeça?! (Urbano?!)
 
Isso sem contar que o nome deve fazer par com Michael... Se eu estivesse fazendo um texto em inglês, Michael e Warren seriam ótimos. Estive pesquisando e um dos homens mais poderosos do mundo se chama Warren ( ou seria o sobrenome dele? Não lembro...).
 
Outra coisa, queria poder voltar a publicar minhas histórias no blog... Acho que sinto falta disso também, é um modelo bem mais fácil de se lidar e que já estou muito bem acostumado... Mas se eu quiser vendê-lo, eu não poderia...

Até mandei uma mensagem via Facebook para a página do 'Carreira Literária' tentando explicar sobre isso - mesmo que o que eu mais faça ao escrever seja enrolar e enrolar.

Por enquanto é isso, ainda devo fomentar mais a ideia de ALÉRGICO e ver no que dá.
Fiquem com a capa provisória abaixo... Ainda devo corrigir alguns erros e possivelmente colocar uma base xadrez por baixo, quem sabe...
 
 
Eu não pertenço a lugar nenhum...

sábado, 27 de junho de 2015

CONFISSÕES: O QUE FAZER QUANDO NÃO SE SABE O QUE FAZER COM A PRÓPRIA VIDA?

E então estarei usando meu blog mais uma vez para debulhar minhas aflições interiores, procurando uma solução enquanto escrevo...
 
Voltando a pergunta do título: O que fazer quando não se sabe o que fazer com a própria vida?
 
O caso: Tenho 24 anos, não fiz faculdade e não tenho direcionamento profissional - sei o que não quero fazer, sei onde não quero estar, mas não é o suficiente para escolher um caminho. Família é algo que abre e fecha caminhos. Muitas pessoas seguem em um determinado tipo de serviço por influência de um parente ou porque a situação financeira da família permitiu. Outras pessoas não possuem problemas em enfrentar o que estiver pela frente, aceitam diversos tipos de empregos diferentes e não se sentem acuadas diante deles, podem trabalhar como empregados aqui e ali e sonham em ser patrões, ter seu próprio negócio. E há pessoas como eu, que se sentem intimidadas com o mundo, tentam buscar uma forma aprazível de trabalhar sem ter que se autossacrificar. Por exemplo, adoraria um trabalho em que minha criatividade pudesse ser bem aproveitada, mas costumo me fechar em ambientes hostis, como lojas ou comércios onde você precisa se impor para conseguir tirar o sustento de cada dia. Já sou estressado por natureza e seria o mesmo que tomar veneno trabalhando num lugar assim, ficando com meu estado emocional ainda mais deteriorado. Confesso, não tenho apoio familiar em nada do que um dia eu já tive vontade de fazer, me falta um tutor ou simplesmente alguém que me conheça e me apoie. Você não tem ideia, caro leitor, do que estou falando, provavelmente ou você tem uma família ou amigos que te conhecem ou você não se importa com a forma como eu vejo o mundo. Talvez a ideia mais precisa do que você pensa sobre mim é que ou eu sou muito trouxa ou muito medroso. Admito que você não estaria errado, isso também faz parte do que eu sou agora, mutilado pro dentro e sem nenhuma autoestima. Acho que o que mais me pesa agora é que um dia, lá atrás, eu tinha uma capacidade maior, uma possibilidade maior de me descobrir capaz, porém, a possibilidade diminuiu tanto que estou ficando sufocado. Olho para mim mesmo e vejo um inútil.
 
Às vezes sinto que meu coração dói tanto que quer parar de bater...
 
O mundo não ajuda. Sinto como se todas as boas possibilidades estivessem abertas para quem não precisa delas, enquanto que para mim, as poucas que devo ter, estão sumindo a cada dia, a cada erro, a cada desastre emocional que abala a minha cabeça.
 
Eu ainda quero escrever, eu acho...
 
Meu notebook voltou do concerto ainda ruim e isso me deixou mal. Eu queria fazer algo para alguém, escrever algo interessante eu acho, me perdi no meio do caminho e fiz a coisa errada - isso me deixou pior. Eu não consigo escrever direito. Posso ser bom em escrever, mas não é o bastante para fazer direito. Acho que isso destruiu o pouco de confiança que eu tinha, eu estava tão afoito pra escrever que fui descuidado, me deixei levar e, aquilo que eu tinha, aquilo que restava, se espatifou no chão, quebrando em milhares de pedaços. Não sobrou muito do que usar agora, está doendo, estou chorando... de novo...
 
Eu queria saber quando esse ciclo maldito irá acabar. Eu sei que a vida pode ser boa, que há pessoas com quem falar, coisas para fazer, alegrias para sentir, mas não tenho direito a nenhuma dessas coisas... Não sei por que isso acontece! Toda vez que eu penso em demasia é em algo impossível, inviável, ou que simplesmente não tem pretensão nenhuma de acontecer. Você não faz ideia de quanto eu devaneio! Fico imaginando possibilidades de como viver o passado do jeito certo, do que eu gostaria de fazer para superar minhas mágoas, de como eu queria, do fundo do meu coração, que alguém viesse me salvar da minha loucura e da minha tristeza. Mas isso não passa de engano... Não há ninguém que viria me ajudar - e não, não estou falando de que Deus não estaria aí, me assistindo, pois provavelmente, se ele realmente estiver, tudo faz parte dessa misteriosa missão chamada vida e que eu estaria feliz no final de todo esse percurso tortuoso. O que eu realmente temo é que, querendo ou não, infelizmente a vida não termina com a morte e que uma vida inteira frustrado pode não ser o bastante para superar esse problema... Em verdade, a 'vida humana' pode acabar daqui a pouco e ter que me ver decepcionado com mais isso não ajudaria minha existência em nada. Não vivo uma 'vida humana', não sou normal e provavelmente nunca serei. Talvez haja a possibilidade de que minha alma tenha vindo de outro plano para cumprir uma missão específica na Terra e eu tenha travado em cumpri-la, no entanto, eu ainda preciso sair dessa situação por bem ou por mal.
 
Na maioria dos exemplos de superação sempre existe um antes, um ponto de onde a pessoa se guiou e conseguiu fazer acontecer. Como alguém que tinha um trabalho estressante e adorava fazer yoga para relaxar. Certo dia essa pessoa se cansa do trabalho, tem dinheiro para estudar e consegue abrir um local para dar aulas de yoga. Minha maior dificuldade aqui, e o que mais me cega com relação ao futuro, definitivamente é o dinheiro. A economia no país não está nos seus melhores dias e não sou uma pessoas que atrai dinheiro para si. Na verdade, o pouco dinheiro que me dão eu sou obrigado a gastar com passagens de ônibus ou créditos para celular (sem ter ninguém para ligar, apenas para poder fazer uma ligação rápida para os pais ou para manter o número ativo, pois o pouco dinheiro que está no celular perde a validade com facilidade - tem uns R$30 na conta do celular e eu não posso usa-los para fazer um simples ligação por causa disso!). Fora isso, tento guardar o dinheiro, por vezes compro alguma coisa pra casa, um remédio que seja, ou invisto em livros ou quadrinhos. Há meses não compro uma HQ! Me dei ao luxo de ir a uma feira de livros com 50% de desconto de seu preço nas livraria e comprei dois livros. Depois do entrave com meu notebook, quando ele já havia retornado do concerto e ainda não estava legal, quase perdi a cabeça, não poderia ficar em casa e saí. Retornei com um livro novo. Eu estava lendo um dos livros dos meus irmãos, mas acabei deixando de lado para ler o meu último livro. Afinal, o que há de errado comigo?! Será que, ao invés de livros, eu tivesse comprado um pacote de cerveja eu seria uma pessoas melhor agora? Ou então tivesse comprado um maço de cigarros e começasse a fumar sem parar? Ou simplesmente gastado tudo o que eu consegui nos últimos meses com roupas e outras coisas que todo mundo sempre compra tudo seria melhor agora?! MERDA. Eu NÃO sou normal... Não dá pra simplesmente tentar coisas normais comigo, eu não vejo o mundo da mesma forma que a maioria... Não acho que ninguém entenda o que é sofrer pensando em coisas boas para fazer e não se capaz de fazer nenhuma... Enfim, deve ser isso o que eu sou, um iludido, um sonhador desvairado que pousou no momento errado no planeta Terra e que percebeu que, por mais que possa estar preparado para não fazer coisas erradas, não está pronto para fazer a coisa certa.
 
E a humanidade não perceberá que a era de paz na Terra será conseguida não pelos esforços dos homens, mas pelo sacrifício de milhares de anjos. O caminho da paz será trilhado sobre suas carcaças, suas asas serão arrancadas e sua sabedoria jogada no lixo. O homem, todo orgulhoso, nem irá suspeitar de que aqueles que enlouqueceram pelo caminho estavam lhe prestando grande ajuda, irá apenas olhar para frente, sem perceber que os anjos estavam morrendo por todos os lados. Os anjos existem para servir, este é o seu propósito. Ninguém se lembra de que eles também sofrem...
 
Quanto tempo mais será que a humanidade continuará cega? Quando a verdade será revelada? Será logo? No próximo ano? Será que eu consigo aguentar até lá? Se estou aqui e agora é por que eu escolhi de livre e espontânea vontade estar aqui, apenas não imaginava que estaria tão sozinho, tão limitado e tão triste. Queria que a vida tivesse sido um pouco melhor, aliás, eu até consigo viver um dia de cada vez como se nada do que eu acabei de dizer fosse importante. Mas sempre irá doer, sempre. Mesmo não sendo um ser humano normal, eu vivo numa sociedade cujos valores se baseiam em família, amizade e dinheiro - e justamente essas três coisas me são negadas. Já ouvi uma pessoa dizendo que EU era o 'psicólogo' dela - vi num lembrete de alguns anos atrás no Facebook dizendo isso. Mas e eu? Será que eu vou sempre sofrer sozinho e nunca encontrar um semelhante para estar ao meu lado? Será que se eu me ajoelhasse e orasse com vontade, feito uma criança mimada implorando ao pai por um brinquedo novo, algo iria acontecer? É, aí está o meu mal, perdi a fé. Realmente, eu não tenho esperança alguma de conseguir uma saída. Sempre acontecem coisas inesperadas, elas nunca são planejadas. Por mais que eu tente planejar alguma coisa, o que irá acontecer é sempre diferente... Talvez eu só consiga acreditar em mentiras mesmo, acreditar que um dia minha vida seria diferente, que eu finalmente me sentiria livre do fardo que foi posto nas minhas costas e que eu descobri que não sou capaz de carregar - não aqui, não agora.
 
Da próxima vez que eu estiver acreditando, eu tenho que me lembrar, não posso me esquecer! Eu tenho que dizer: NÃO. EU TENHO QUE DIZER NÃO! Juro que se algo ruim acontecer de novo eu... não sei do que seria capaz...
 
Eu tenho medo das pessoas, não quero ter amigos, ninguém nunca quis realmente ser meu amigo, todos que já tentaram são facilmente propensos a se distanciarem - me forçando a dizer que não são mais meus amigos.
 
Esta é a melhor saída? Se eu quero sobreviver no mundo humano, não, isso nunca daria certo.
 
Mas é melhor que eu nunca mais fale com ninguém nem tenha intenção alguma de falar, deixar qualquer um pensando que nada aconteceu, que nunca houve uma tempestade arrasando minhas emoções e que eu sou apenas um inútil que não quer fazer nada - não seria muito diferente da ideia que fazem de mim afinal...
 
Nesta semana começa o Camp NaNoWriMo de Julho, são 31 dias para cumprir uma determinada cota de palavras que eu estipular. Estava pensando em botar uma marca de 80 mil palavras e prosseguir a partir das 32 mil já escritas do último Camp NaNo que foi bruscamente interrompido. Mas não sei se sobrou felicidade em mim para fazer algo assim, me sinto tão infeliz que quero desistir da última coisa da qual eu gostaria de desistir: escrever.
 
Será que é justo alguém gostar de cantar e não ter uma boa voz para cantar? Seria bom poder me ver livre de todos os desgraçados que não querem ouvir a minha voz por ela ser desafinada. Eu não quero cantar para esses idiotas, eu apenas quero cantar para mim mesmo, poder cantar quando uma música que eu goste tocar no rádio. Mas não, se eu não sou um passarinho de bela voz eu não posso cantar, tenho de ser humilhado toda vez por querer fazer algo que me é natural, apesar de saber que nunca serei afinado. Por quê?! Por que vocês tem ficar perto de mim quando eu quero cantar?!
 
Juro que a última resposta que eu queria dar para mim mesmo da questão do título era: suicídio...
 
 

sábado, 13 de junho de 2015

NADA MUDA

Mais uma vez o que minhas capacidades mostram é que não sou capaz de fazer a coisa certa. Descontrolado, agindo por impulso, faminto pela vontade de fazer algo que eu sinto ser capaz de fazer, eu cometi um novo erro. Será que mesmo tendo acontecido antes, não sou capaz de evitar nova catástrofe? Enlouquecer é a única saída? Por que será que parece que eu sou o único passando por situações assim? Não sou capaz de viver uma vida normal, com problemas normais?
 
Meu notebook quebra no meio do Camp NaNo de Abril, quando eu estava com mais de 30 mil palavras escritas e com capacidade total de chegar a meta de 50 mil palavras antes do fim do mês. Eu consegui aguentar, tentei de tudo pra esquecer e deixar o tempo passar. Comprei 2 livros na feira do livro do Centro Cultura da Juventude (Cachoeirinha): 1Q84 (Volume 1) e A Batalha do Apocalipse, com 50% de desconto. Foram ótimo livros, conseguiram me entreter durante todo o tempo em que fiquei sem o meu notebook. Eu fiquei usando o pc dos meus irmãos durante algumas horas do dia enquanto eles estavam fora (mais o meu irmão do que a minha irmã), mesmo que eu me restringisse a não ir muito além de ver e deixar do jeito que estava; isso ajudou mudou para que eu não pirasse, sendo atormentado por pensamentos criativos.
 
No sábado, 06/06, meu notebook, que estava há cerca de três semanas no concerto finalmente voltara. Eu estava eufórico, já estava começando a ler um dos livros dos meus irmãos - A Menina Que Roubava Livros -, e queria muito poder voltar a usar meu notebook, escrever minhas histórias, usar a internet normalmente... Meus desejos foram frustrados pela incompetência do cara da loja... Meu notebook está agora em minhas mãos, consigo usar a internet; contudo, o problema praticamente persiste, o Windows contém erros e não consigo usar o Google Chrome. Fiquei arrasado, tanta vontade de continuar escrevendo, de usar meu notebook como antes e foi tudo por água abaixo. Mas este ainda não foi o ponto mais trágico da semana...
 
Olhando agora, era como se o diabo estivesse me pregando uma peça. Talvez você saiba do que eu esteja falando se olhar a publicação insight para que possa fazer mais sentido. Sou fã da obra ainda não iniciada de Gabriel Kolbe, Gatho, e ele me pediu algo que me deixou muito animado na sexta-feira anterior ao sábado do retorno do notebook: dar uma olhada no futuro roteiro da primeira história de Gatho. Eu já havia feito algo semelhante antes e mesmo assim me deixei levar... e fui levado ao erro, exagerei. Eu odeio errar, isso me machuca profundamente. Escrever perdeu o sentido...
 
Todas as vezes que eu tento escrever algo com vontade, algo acontece, meus sentimentos definham e eu me sinto menos humano, menos capaz, mais inútil... E o que é pior, não há ninguém que possa entender a dor dessa faca em meu peito. Não devo dizer que eu seja o único, mas em canto algum que eu olho encontro um exemplo, uma história semelhante e, o que mais me faz falta, uma forma de superação dessa dor que não passe pelo erro e pela dor.
 
Ainda no sábado 06/06, revoltado com a minha situação que nunca melhora e permanece numa constante onde tudo o que tenho se quebra, onde o dinheiro que gasto nunca rende nada; sai de casa, sem ter certeza de onde ia. Como em outras vezes, acabei indo para o Shopping West Plaza. A chegar lá fui direto para o banheiro, sentar na cabine, sossegado, com o Guia de Ruas de São Paulo de 2008 nas mãos, procurando algum outro lugar, algum ponto de referência para continuar me movimentando e não ficar no mesmo lugar. Nada encontrei. Com o notebook em casa, achei melhor passar nas Lojas Americanas e comprar mais alguns DVDs para que eu pudesse terminar o backup do meu notebook. Curiosamente a loja tem melhorado o serviço de livros, ampliando os títulos que antes se resumiam a uns poucos. Olhei novamente para a capa azulada de Extraordinário e decidi-me a leva-lo mesmo que o preço, que não estava visível na prateleira, fosse R$35. O primeiro na prateleira estava sem o plástico e achei melhor levar o segundo, algo que estivesse dentro do livro poderia já ter se perdido. Peguei-o e o segurei com vontade por alguns metros, indo em direção ao leitor de barras e checar o preço, antes de olhar em sua capa e perceber que o preço era de apenas R$20. Fiquei muito feliz, já tinha ouvido falar do livro, lido as abas dele que resumem um pouco do conteúdo e estou feliz por ter começa a ler a história de August, o menino que nasceu sem rosto e que tudo o que queria era ser um garoto normal. Ainda não cheguei a parte em que ele começa o movimento em favor da gentileza, mas espero ansiosamente conseguir chegar lá - para alguém sensível como eu não é fácil ler o livro, entendo perfeitamente as dores do personagem e elas ressurgem em mim com intensidade, algo incompreensível para as outras pessoas, pois não poderia simplesmente explicar-lhes o quão afiadas são as dores que os sentimentos provocam a partir de um livro que provavelmente poucas pessoas leram... (O Brasil não é um país de leitores) Também não tenho esperança de conhecer alguém que entenda Homestuck - é impossível explicar a obra como um todo, é preciso lê-la e gostar da leitura para entender o que significa não ter cavalos durante esta última semana...
 
Estas últimas semanas foram momentos intensos na minha vida, muita dor, impaciência, desespero. Conheci personagens novos com os quais me identifiquei: Tengo,  um aspirante a escritor que reescreve secretamente uma obra de uma adolescente que ganha destaque na mídia, do livro 1Q84; e os anjos de A Batalha do Apocalipse, a qual me identifico com os ofanins, os anjos da virtude, seres que emanam luz, aversos a violência e que prezam pela bondade. Não sei como os anjos influencia a realidade, mas chego a pensar que me sinto como um ofanim, algo que acaba pensando diferente dos demais, pensando em agir com compaixão. Eu não sei de onde meus pensamentos sobre isso vem, é uma constante que chega a me irritar, ficar imaginando maneiras de ajudar as outras pessoas e nunca poder fazer nada é perda de tempo. Eu deveria tratar do aqui e do agora, mas não, sempre aparece um pensamento de ofanim criar asas na minha imaginação. Mais recentemente, reparei que tenho outra afinidade angelical: os Malakins. Provavelmente qualquer um que seja escritor deva ter alguma afinidade com os vigilantes, pois o que eles mais fazem é escrever. Além disso, eles são reservados, enclausurados no 6º céu, como eu, preso a minha existência de forma limitada. Posso até contar sobre a total falta de habilidade em usar os poderes de tempo e espaço, bases dos poderes das divindades da casta: tudo o que eu imagino tem o péssimo hábito de ser irreal, de não existir. Será que se eu pudesse desenvolver esses poderes eu poderia provocar o efeito borboleta? Refazer o passado ou observar mundos paralelos, descobrindo o que ocorreria se eu tivesse tomado outra atitude? Ou será que eu tenho um ofanim do meu lado, me dizendo coisas, enquanto eu seja secretamente um malakim encarnado? (Risos) - sim, estava eu, enquanto escrevo isso, lendo sobre anjos - De repente, certas coisas fizeram sentido... inexplicavelmente!
 
Um anjo encarnado? Meu deus... Minha espiritualidade deu sinais de vida sem mandar aviso! Heheh...
 
Acho que faria muita diferença se eu soubesse que missão eu tenho na Terra, se estou perto ou longe. ou o que está me impedindo de cumpri-la... Faria MUITO sentido. Se desse pra explicar o que essa iluminação está me fazendo pensar, eu não conseguiria explicar... Acho melhor parar por aqui, até quero continuar, mas o sentido original se perdeu e o assunto mundo. Até a próxima! o/
 
 
 

sábado, 7 de março de 2015

CRÔNICAS: O QUE VOCÊ FAZ QUANDO ESTÁ TRISTE?

“Parem o mundo que eu preciso descer!”

E com esta piadinha, inicio a discussão desta crônica, deste texto crônico, onde deposito as situações crônicas da minha vida.

*suspiro*

Não há muito como evitar, estou triste, sinto-me como se eu estivesse num ônibus chamado vida e eu perdi o meu ponto anos atrás...

E então, você já respondeu a pergunta: O que você faz quando você está triste?

O caso nem sempre é simples, sabe? Depois que descobriram a tal da depressão e que ela pode vir a ser tão crônica que passou a ser considerada uma ‘doença’, o mundo vive na depressão. Tudo dói, tudo magoa... E o que as pessoas mais fazem é ferir...

A depressão acabe sendo isso, uma ferida, uma dor profunda no ser que não pode ser simplesmente curada, é causada por uma série de fatores incluindo medo, decepção e fracasso. Você passa tanto tempo fechado em si mesmo que quando precisa se abrir, ninguém estará lá para escutar você chorando, ouvir o que você tem a dizer, são coisas idiotas, coisa inúteis e desnecessárias, mesmo assim você precisa que alguém te escute, por algum motivo...

— Me escuta! Eu preciso de você, preciso de você vivo, preciso de você ao meu lado... Você é especial pra mim, não faça isso comigo, estou te implorando... Fica comigo!

Não há nada melhor que uma conversa, que algo motivador, algo que te traga a realidade. Você sabe o seu lugar, o que quer fazer, só não tem a confiança para seguir em frente e enfrentar os seus demônios. Você se considera um lixo, um inútil, um incapaz. Não entende porque o mundo ao seu redor é tão diferente de você, porque você parece sempre ser o anormal, você nem ao menos sabe o porquê das pessoas te ignorarem...

No meu exemplo, eu queria ser escritor...

*suspiro*

Como ser escritor no Brasil?!

No Brasil é improvável que alguém consiga ser escritor sem ter que fazer algum “trabalho comum”, ser escritor é ter um hobby enquanto você trabalha com alguma outra coisa, você não vê oportunidades por aí de algum tipo de profissão onde o fundamental é escrever. Eu, pelo menos, nunca vi e nem sei se é possível encontrar. É algo tão distante da minha realidade que começo a acreditar que seja apenas um sonho, uma fantasia maluca, um devaneio de um pobre que já deveria estar trabalhando... Por causa da descrença naquilo em que eu realmente queria fazer, fico triste... E não há ninguém que queira conversar sobre isso...

Eu não sei o que falar, como me explicar... De onde eu iria tirar coragem pra dizer para o mundo o que eu quero fazer, sendo que o mundo não dá a mínima pra isso? Eu vivo como um fantasma, como mais um cara que tem um blog, um cara que vive no meio de pessoas que não dão a mínima para o que eu escrevo, penso ou sinto... Não tenho ninguém com quem abrir meu coração e dizer:

— Eu quero morrer...

A maioria das pessoas que me vê no dia-a-dia deve achar que eu sou só um idiota, preguiçoso, lerdo e desnecessário. Acho que as pessoas nem sentiriam a minha falta se eu de fato não estivesse mais aqui...

E assim eu continuo pensando, pensando que a minha seria muito diferente se eu ganhasse na loteria e pudesse realizar alguns dos meus caprichos, caprichos esses que a cada vez que eu imagino, quanto mais fácil é para imaginar, mais distante eu sei que estou longe de realizá-lo.

Um dia, acho que no ano de 2014, ou teria sido no final de 2013, eu sonhei que havia ganhado um cheque, não lembro ao certo a quantia, mas uma quantidade volumosa, algo entre R$10’000,00 e R$25’000,00. E sabe o que eu disse? Aquilo foi uma surpresa pra mim! Eu disse algo como:

— Agora posso fazer faculdade...

Até hoje eu não tenho pretensões para fazer faculdade, não faço ideia de que carreira eu poderia seguir ou me interessar. Mas, naquele momento, eu disse que eu iria fazer faculdade. Eu não sei como! Talvez algo dentro de mim soubesse o quanto isso seria importante agora e estava tentando me avisar que isso seria um problema. Não sei... Sei apenas que não tenho dinheiro para fazer faculdade, não tenho como seguir meus sonhos e só me resta... Não sei o que me resta...

Sabe, eu tenho uma câmera digital, ela está quebrada, não consegue focar, o resto funciona, mas o mais importante está quebrado. Eu adorava tirar fotos, fazer alguns vídeos, aos poucos eu conseguia transformar o mundo ao meu redor através do meu olhar. De certo que não era lá grande coisa, contudo, era algo novo pra mim, algo interessante. E, com a sorte que eu tenho, a câmera simplesmente quebrou, eu juro que não a deixei cair, eu apenas queria tirar uma foto de um cachorro e a descobri quebrada. Sem mais nem menos! Quem tem dinheiro prontamente irá dizer:

— Mande pro conserto!

Eu faria, se pudesse! Eu esperava que meu pai mandasse a câmera para o concerto e que eu pudesse continuar a tirar minhas fotos. Acabou que ele achou muito caro mandar concertar a câmera e me devolveu a câmera do jeito que ela estava, na maior cara de pau... Senti-me desolado, não queria nem olhar para o objeto. Agora ele está no meio da minha bagunça, ficará lá por tempo indeterminado ou até que eu fique com tanta raiva de mim mesmo e termine de quebrá-lo.

Mas, o que me desanima agora não isso...

Meu irmão mais novo, o trabalhador da casa, comprou uma câmera digital nova pra ele. Isso acabou me lembrando da minha câmera e de como eu a queria de volta, de como eu sou um inútil que não consegue concerta uma maldita câmera e de como eu sou infeliz.

Quem sabe devo estar entrando em depressão ou simplesmente não estou aguentando mais a pressão por ser infeliz. Sinto-me como se fosse a minha própria câmera, o que é mais importante não funciona e não pode ser concertado... Talvez ela ter quebrado tenha sido apenas um piada sem graça do destino querendo imitar a minha vida...

O que você faz quando está triste?

Eu deveria sair de casa, dar uma volta, tomar um ar... Estou há dias pensando nisso. Desde que voltei do Ceará só consegui sair uma única vez, e foi o suficiente para criar o nome do blog: Eu Não Pertenço A Lugar Nenhum (I Don’t Belong To Nowhere). A ideia era justamente essa, eu não encontro um lugar para pertencer, afinal, mundo perfeitos não existem. Tudo o que há por aí é efêmero, não durará muito e você se verá como um Eike Batista da vida, num dia um bilionário, noutro você estará devendo até as calças. Infelizmente, sair me custaria R$7 de passagem ônibus (R$3,50 para ir e outros R$3,50 para voltar). Tudo o que eu tenho agora na carteira são R$10, isso não dá pra comprar quase nada e eu tenho que pensar bem antes de ir a qualquer lugar. Isto é, se houvesse um lugar...

*suspiro*

Não há nenhum lugar que realmente seja interessante para ir, na maioria você gasta algum dinheiro... Eu não quero ter que gastar tudo e ficar sem nada...

O que você faz quando está triste?

— Procure uma saída...

Eu estou tentando ver alguma luz no fim do túnel e, quanto mais eu me movo, mais fundo eu entro na areia movediça... Não consigo me segurar em lugar nenhum e estou vendo a hora que eu não vou mais conseguir respirar se aproximando...

— Este é o fim. Segure a sua respiração e conte até dez. Sinta a Terra tremer e então... Ouça meu coração explodir, de novo.

Se eu pudesse fazer algo bonito com naturalidade, talvez eu não fosse tão infeliz, tenho vontade de cantar, mas minha voz, minha voz é horrível...

Por hoje é só pessoal!
Eu não pertenço a lugar nenhum...

Até a próxima...
...

segunda-feira, 2 de março de 2015

INSIGHT: FANFIC - CENA DE GATHO DE GABRIEL KOLBE


Gaius caminha pela floresta de Évora, no extremo norte, próximo a região de Gatho. Ele está atento, os perigos daquelas terras são traiçoeiros, principalmente quando se chega perto do grande abismo abissal. O local estava inquietantemente silencioso naquele momento, Umbral dera uma de suas escapadas clássicas, sem dizer para onde fora, e o mercenário estava sozinho. Uma criatura o espreita:

- Umbral! - diz ele em alto e bom som. - É você seu desgraçado?! Já cansei dessas suas brincadeiras idiotas!

Ninguém responde.

Gaius continua caminhando, crendo ter sido apenas o vento. Observa o sol e segue pelo caminho que já deveria conhecer: "Tem algo errado", pensa ele, "será que eu me perdi de novo?".

- UMBRAL! - grita novamente, desta vez com mais vontade. - Venha aqui agora seu covarde!

Um zunido começa a soar, era o som de algo se aproximando. Gaius instintivamente segura a empunhadura de sua espada pecadora e se prepara para o que estiver por perto.

"Será um Castannï?", pensa ele.

O zunido começa a se distanciar. Pelo canto do olho, Gaius vê um vulto passar em alta velocidade.

- Merda - diz ele, tirando pecadora da bainha. - Quem está aí?!

O som volta a ficar alto. Gaius olha confuso para todos os lados sem saber de onde o zunido vinha. Parecia que estava vindo direto em sua direção, contudo, não via nada em sua frente. O mercenário semi-cerrou os olhos, apertou os dentes e torceu as duas mãos na empunhadura da longa espada. Ele sentiu um baque, como um golpe de vento, levantando algumas folhas ao passar por ele. O zunido ficara, então, ensurdecedor.

- Maldição! - esbraveja ele, lembrando-se que um dos problemas em usar uma espada para duas mãos é não poder proteger o resto do corpo: ou ele largava a espada para tampar os ouvidos ou ficaria desprotegido.

Ele hesitava, sentia algo por perto, lhe parecia uma fera com fome, e não ousava largar a espada. O barulho foi ficando distante e a dor foi sendo aliviada naturalmente.

- O que foi isso? - se pergunta ele, baixando a guarda e balançando a cabeça por causa do chiado.

"Grr..." fez a criatura atrás dele.

Gaius engole a seco e, sentindo um arrepio lhe percorrer a espinha, vira o rosto lentamente: "Merda, uma aberração das trevas..."

O corpo da quimera era comprido e esguio como o de um lagarto com seis patas, terminado numa fina e longa cauda de três pontas afiadas. Seu tamanho era descomunal, só a sua boca tinha a altura do mercenário e, no entanto, conseguia se camuflar na vegetação com facilidade, sendo preciso forçar a vista para se ter certeza de que ela estava realmente ali. Sua respiração era pesada, fazendo o cabelo de Gaius balançar. Seus oito olhos cinzentos o fitavam sem piscar, especialmente os dois principais, maiores que os outros, e o par de antenas que sobressaiam-se do topo da cabeça balançavam lentamente para cima e para baixo. Subitamente, suas antenas ficaram rijas e estáticas:

"Esse monstro está... sorrindo?!", pensa Gaius, ao ver a bocarra se abrir e mostrar as várias fileiras de dentes.

Naquele instante, Gaius não pensou duas vezes, deu um pulo, tomando espaço, e correu para cima de um tronco curvado, saltando para cima da aberração com a pecadora em riste.

- AHHH! - brada ele.

A criatura some em pleno ar. "Merda!", a espada acaba fincada na pedra. Gaius faz força para retirá-la e estica bem os braços. Um filete de luz passa logo abaixo dele e o mercenário arregala os olhos:

"Uma armadilha?!"

Um fio extremamente fino e resistente dá uma volta em seus braços. Era tarde demais, o corte fora rápido e preciso.

- Não, não, não... - Gaius vai ao chão, vendo seus braços ficarem junto a espada. - MERDA!

Perdendo muito sangue, o mercenário tenta se por de pé, é uma tarefa árdua, ele se sente como uma inseto que não consegue se desvirar. "A panaceia! Droga! Eu tenho que usar a panaceia antes que seja tarde!", pensa ele, tentando alcançar o potinho com o líquido vermelho que está bem na sua frente, da maneira que pode. Logo ele começa a chamar pelo amigo:

- Umbral! Socorro, seu filho da mãe, socorro!!!

Alguém se aproxima. Gaius sente a respiração ficar difícil, a vista embaçar e não consegue ver quem é, nem reconhece sua voz:

- Tsc... Quando é que você vai aprender? Ninguém deveria se aventurar por estas terras... Coragem é para os tolos!

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